sábado, 26 de setembro de 2009

A viagem para Jerusalém (Lc 9, 51-19,44)

O caminho do profeta

Em 9,51, Lucas nota que Jesus, indo para Jerusalém, endurece o rosto (tò prostopou aùtoû), diferente da tradução comum: tomou resolutamente o caminho para Jerusalém. A expressão tem referência ao servo sofredor (Is 50,7) e também os profetas endurecem seu rosto para falar a Israel, prevendo as reações do povo (Ez 6,2; 13,17; 14,8; 16,7b; Jr 21,10). O versículo 9,51 representa assim uma alusão à identidade de profeta que Jesus atribui a si mesmo. Também Lc continua a considerar Jesus como um profeta (13,33).

Um caminho de submissão

Em alguns pontos da seção, Lucas destaca que é preciso, é necessário (deîn) (9,22; 13,33; 17,25; 22,37; 24,7.26.44) , que Jesus vá a Jerusalém e enfrente a paixão. A frase está sempre colocada na boca de Jesus e isso indica sua importância. Além de frisar a decisão irrevogável de Jesus de ir para Jerusalém, indica a necessidade de ele se submeter ao plano de Deus que deve se cumprir em conformidade com a revelação do AT.

A viagem do discípulo

Nos dez capítulos, o discípulo está ao lado do Mestre. Não é só Jesus que realiza seu êxodo, mas também o discípulo junto com ele.
. a seção começa com três episódios de seguimento (9,57-62). Caminho duro e prontidão incondicional: Jesus exige do discípulo que quer ir atrás dele;
. 14,25, por meio do verbo viajar com, Lc destaca que o discípulos viaja com ele;
. 19,28: Jesus caminha à frente e os discípulos vêm atrás dele.
Também os discípulos devem percorrer o caminho da cruz para chegar à glória.

A função didática da viagem

Como o discípulo deve caminhar com Jesus, o material apresentado por Lc é parenético. O evangelista quer indicar quais são as linhas básicas da genuína existência segundo o evangelho, dando-lhe orientações concretas. Os próprios milagres são, às vezes, relatados em função da exortação que Jesus proporciona aos fiéis (13,18; 17,12-19).
. Caridade fraterna e necessidade de se fazer próximo aos demais (10,25-37);
. Importância da oração (11,1-13; 18,1-8) e da humildade diante de Deus (18,9-14);
. Oferecer um testemunho autêntico de fé que brote do coração (12,1-12);
. Valor do abandono à providência de Deus (12,13-48);
. Exorta o uso correto da riqueza (12,13-31; 16,1-31; 18,18-30; 19,1-10);
. Apela para a vigilância (12,35-48), convidando a fazer penitência (13,1-9);
. Lembra o amor misericordioso de Deus que acolhe os pecadores (15,1-32);
. Valor da vida comunitária, que exige a eliminação dos escândalos, a correção fraterna, o serviço desinteressado (17,1-10);
. Importância de tomar uma decisão séria devido à proximidade do juízo escatológico (12,54-57; 13,9.23-30; 14,15-24; 17,26-37; 19,11-27).
. Convite a quem quiser, renunciar a si mesmo, tomar sua cruz cada dia (9,23).
Em muitos trechos a linguagem de Jesus é dura e exigente, pedindo ao discípulos a oferta total de si mesmo.

Alberto CASALEGNO
Lucas – A caminho com Jesus missionário
São Paulo, Loyola, 2003, p.129-137.
Um olhar panorâmico – Caminho para Jerusalém

Dois sumários frisam o motivo do caminho de Jesus para a cidade sagrada. Neles, como no começo da seção (9, 51), se encontra o termo Jerusalém.
. 13,22: Jesus atravessava cidades e aldeias, ensinando e encaminhando-se para Jerusalém.
. 17,11: Como ele se encaminhasse para Jerusalém, passava através da Samaria e Galiléia.

À luz desse elemento literário, pode-se fazer uma divisão em três partes:
. 9,51-13,21: a atuação dos discípulos na fidelidade a Jesus;
. 13,22-17,10: o grande projeto de Deus;
. 17,11-19,44: a espera escatológica.

A primeira parte: a atuação dos discípulos na fidelidade a Jesus (9,51-13,21)

1.1. A missão (9,51-11,13)
. o objeto é a missão e os requisitos mais importantes para seu desenvolvimento.
. 10,1-12: relato do envio dos setenta e dois, em paralelo com os doze de Mt e a elaboração do material da fonte Q. Destaca a dimensão universal da missão (72). Apesar da recusa das cidades do lago (10,13-16), os enviados se alegram pelo êxito da missão que destrói o poder satânico (v.17-20) e Jesus se rejubila porque os pequeninos acolhem o anúncio (v.21-24).
. A exortação à caridade (v.25-37), à necessidade de escuta da palavra (v.38-42) e confiança na oração (11,1-13);

1.2. A legitimidade do ministério de Jesus (11,14-12,12)
. Jesus expulsa o demônio de uma pessoa muda (11,14-22);
. aparecem as multidões (11,14.29; 12,1), os fariseus (11,37; 12,1), os legistas (11,45), os escribas (11,53), que simbolizam os principados e as autoridades que perseguem os discípulos de todos os tempos (12,11).
. a atmosfera é sombria de condenação a essa geração (11,29-32) e contra os fariseus e legistas (11,27-54).
. exorta a aceitar a palavra (11,27-28) e a dar testemunho autêntico de fé (12,1-12).

1.3. A necessidade da conversão (12,13-13,21)
. refere-se mais aos discípulos: exortação à conversão, procurar o reino de Deus em primeiro lugar (12,22-32.33-34), profundo respeito para os súditos (12,35-48), fazer obras de discernimento (12,54-59), sinceridade na conversão (13,1-5), confiar na paciência de Deus (13,6-9);
. apesar da dureza do coração humano, o reino de Deus tem em si uma força de transformação da realidade (13,1-21).

Segunda parte: o grande projeto de Deus (13,22-17,11)

2.1. Jesus instrumento do plano salvífico de Deus (13,22-35): abre-se uma perspectiva da universalidade da salvação, para finalizar com a afirmação de que Jesus é o profeta de Deus recusado pelos homens e destinado à morte – instrumento para realizar o plano de salvação.

2.2. O banquete do Reino (14,1-35)
. Jesus é o enviado de Deus que elimina o mal (v.1-6);
. dá conselhos práticos para os comensais (v.7-11) e para os anfitriões (v.12-14);
. pela parábola: o reino não pode ser frustrado pela recusa humana (v.15-24);
. apresenta as condições para ser verdadeiro discípulo (v.25-35).

2.3. A ação amorosa de Deus e os critérios de escolha (15,1-17,11).
O tema central é o amor de Deus pelos pecadores e marginalizados (Lc 15; 16,1-13).
. Critérios de discernimento para se comportar corretamente perante as riquezas (16,1-13). O texto não é homogêneo e aparecem vários ditos isolados de Jesus (17,1-10).

Terceira parte: a espera escatológica (17,11-19,44)

3.1. A vinda do Filho do Homem (17,11-18,30)
3.2. O reconhecimento de Jesus como Salvador (18,31-19,27)
3.3. A glorificação real de Jesus (19,28-44)

Sintetizando

Essa seção tem um caráter fragmentário e as perspectivas parenéticas, cristológicas e eclesiológicas se entrelaçam. A reflexão sobre o Reino instaurado por Jesus parece ser uma característica específica da seção.

sábado, 19 de setembro de 2009

Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010


Tema - "Economia e Vida"

Lema: " Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro." Mt 6,24c


Objetivo Geral

Unir Igrejas Cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, construindo uma cultura de solidariedade e paz.

Objetivo Específico

1 – Denunciar a perversidade de um modelo econômico que visa em primeiro lugar o lucro aumenta a desigualdade e gera miséria, fome e morte.
- Questões de trabalho: informalidade, trabalho escravo, precariedade e desemprego.
- Questões agrárias: terra e água.
- Recursos naturais, privatizações.
- Tributação, previdência, concentração de renda.
- Consumismo.
- Uso indevido do dinheiro público.
- Sonegação.

2 – Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e de valorização da vida.
- Interagir na realidade.
- Justiça, solidariedade.
- Valorização da vida mais do que ao lucro.
- Preservação da criação.
- Consumo responsável e consciente da situação do próximo e do planeta.
- Contra o preconceito de classe.
- Direitos Humanos.
- Respeito da dignidade humana além de interesses egoístas.

3 – Conclamar as Igrejas, as religiões e toda a sociedade para a implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todas as pessoas.
- Direito a educação de qualidade.
- Praticas de economia solidária.
- Políticas públicas.

Notícia: Patriarcas católicos orientais se reúnem com Papa

Neste sábado, 19 de setembro, Bento XVI recebeu em audiência, em Castel Gandolfo, os sete patriarcas católicos orientais.
Segundo antecipou a Rádio Vaticano, entre os pontos do encontro, estarão: o crescimento do fundamentalismo no Oriente Médio e a inquietude dos cristãos; a importância do diálogo com os muçulmanos; o estatuto do patriarca católico oriental na Igreja universal; e a jurisdição eclesiástica no Kuwait e nos Países do Golfo.
A delegação está formada pelo patriarca maronita Nasrallah Boutros Sfeir; pelo armênio católico Bédros XIX; pelo sírio-católico Ignace Youssef III Younane; pelo melquita Gregorio III; pelo caldeu Emmanuel Delly; pelo patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal; e pelo copto Antonios Nagib.
As considerações dos patriarcas se ilustram em uma nota que será levada ao Papa, a quem, durante o encontro, os patriarcas falarão em primeiro lugar sobre as questões da presença de suas Igrejas no âmbito da Igreja universal, entre outros temas eclesiais.
Entre estes, também a jurisdição eclesiástica do Kuwait e de outros emirados do Golfo, aos quais, no transcurso dos últimos anos, emigraram desde outros países árabes milhares de trabalhadores e funcionários cristãos, atraídos pelo bem-estar econômico.
Na nota, os patriarcas manifestam sua inquietude pelos cristãos no Oriente Médio, desafiados pelo crescimento do fundamentalismo, sobretudo no Egito e no Iraque, e sublinham a importância da questão palestina. Destaca-se novamente a importância do diálogo com os muçulmanos.
Segundo informa a agência AsiaNews, durante sua permanência em Roma, os patriarcas deveriam participar também de uma sessão preparatória frente a uma assembleia especial do Sínodo para o Oriente Médio, que poderia ser realizado em 2010, no Vaticano.

sábado, 12 de setembro de 2009

Referências Bibliográficas sobre o Ecumenismo e Díálogo nter-religioso


Bibliografia Ecumenismo e Diálogo Inter- religioso
Fonte: Casa da Reconciliação (http://www.casadareconciliacao.com.br/mofic_bibliografia.htm)

ECUMENISMO


Documentos
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A Igreja Católica Diante do Pluralismo Religioso no Brasil, II. n. 69. São Paulo, Paulinas, 1993.
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A Igreja e os Novos Grupos Religiosos, n. 68. São Paulo, Paulus, 1993.
Conhecer nossas raízes – Jesus Judeu. Ed. CNBB. 2006.
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2003 – 2006, N. 71. Paulinas Editora – São Paulo, 2003.
Guia Ecumênico Popular, pela Unidade dos Cristãos, n. 28. São Paulo, Paulinas, 1986.
Guia Ecumênico – n. 21, 3ª. Edição Editora Paulus – São Paulo, 2003.
O que é ecumenismo? Uma ajuda para trabalhar a exigência do diálogo. São Paulo, Paulinas, 1997.
Projeto Nacional de Evangelização Queremos Ver Jesus - CNBB. Unitatis Redintegratio Decreto do Concílio Vaticano II sobre o Ecumenismo. Editoras Paulus e Paulinas, São Paulo, 2005.


Livros
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Artigos
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DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO


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Katekéo de setembro de 2009: ECUMENISMO NO DOCUMENTO DE APARECIDA

Por Paulo Suess
Assessor Teológico do Cimi

Nos últimos 40 anos, o magistério latino-americano e a prática pastoral da Igreja Católica têm insistido no diálogo ecumênico. O ecumenismo, a relação fraterna entre todos aqueles que adoram Deus como Pai e “que foram regenerados pelo batismo” [228], não é algo optativo entre especialistas, mas é “irreversível” e “irrenunciável para o discípulo e missionário”. O contrário seria um “escândalo” e um “atraso no cumprimento do desejo de Cristo” [227] (cf. UR 1, SD 132).
Aparecida segue no diálogo ecumênico as linhas mestras do Vaticano II e assume o magistério latino-americano das Conferências anteriores [cf. 231]. O Credo comum da fé cristã “no Deus uno e trino, no Filho de Deus encarnado, nosso Redentor e Salvador” nos permite dar “o testemunho da nossa esperança” ao mundo e nossa “cooperação no campo social” (UR 12). Aparecida “insiste no caráter trinitário e batismal do esforço ecumênico, onde o diálogo emerge como atitude espiritual e prática, num caminho de conversão e reconciliação” [228].
A unidade dos discípulos missionários é unidade na “comunhão no Espírito Santo” (2 Cor 13,13), no plural dos dons, das vocações e dos significados históricos [155]. O Espírito Santo é não só o protagonista da missão, mas também o promotor da unidade na diversidade das culturas e do diálogo ecumênico a partir de um Credo trinitário comum com seus desdobramentos históricos diferenciados. Guiado pelo Espírito Santo, o movimento ecumênico produziu muitos frutos: “favorece a estima recíproca, convoca a escuta comum da palavra de Deus e chama aos que se declaram discípulos e missionários de Jesus Cristo à conversão” [232].
A unidade dos cristãos será um “dom do Espírito Santo” [230], um dom que envolve oração, participação e partilha dos agraciados. Em sintonia com o Vaticano II, o DA afirma que uma das bases importantes do movimento ecumênico é a oração e a conversão. Em questões de fé, que permitem tantas divergências, o ecumenismo sociológico do “movimento” necessita do apoio do “ecumenismo espiritual” (UR 8 [230]). O ecumenismo, que nasce da oração de Jesus, só é sustentável através da oração, conversão e reconciliação dos discípulos [234, 228].
Onde existe o diálogo ecumênico, “diminui o proselitismo, cresce o conhecimento recíproco, o respeito e se abrem possibilidades de testemunho comum” [233]. O ecumenismo nos faz “recuperar em nossas comunidades o sentido do compromisso do batismo” [228], suscita “novas formas de discipulado e missão em comunhão” [233] e inspira a colaboração no campo social [99g]. Pelo amor de Deus e pelo amor aos pobres devemos avançar no diálogo ecumênico, porque uma das finalidades do movimento ecumênico é a concretização do Evangelho no meio dos pobres.
O ecumenismo, classicamente pensado como movimento pela unidade dos cristãos, deve sempre ser pensado também como macro-ecumenismo do diálogo inter-religioso que visa a unidade de toda a humanidade. A unidade, por ter como base a criação do ser humano segundo à imagem e semelhança de Deus, e o desejo de Jesus para que todos “sejam um” (Jo 17,21; [227], cf. SD 132), protege as pessoas contra qualquer discriminação racial, religiosa ou de gênero [cf. 97; 533].
O diálogo ecumênico ainda não se tem desenvolvido “com a mesma intensidade em todas as Igrejas” [99g]. Obstáculos para esse diálogo representam a falta dos devidos discernimentos e a convivência com grupos fundamentalistas que “atacam a Igreja Católica com insistência” [100g]. É importante participar de organismos ecumênicos em todos os níveis da vida eclesial. Além das “escolas de ecumenismo” já existentes “necessitamos de mais agentes de diálogo e mais bem qualificados” [231s].
O movimento ecumênico é impulsionado pela energia que corre entre os dois pólos: a desunião de fato existente e a vontade firme de superá-la num diálogo paciente e amplo. O ecumenismo com base popular avança, geralmente, com mais facilidade do que o ecumenismo meramente doutrinal. “Sustentado pelo Espírito da verdade”, o povo vive em seu conjunto e no corpo a corpo ecumênico o “senso da fé” (LG 12a). O povo pobre, que é a base constitutiva das Igrejas, sabe-se situar na “hierarquia de valores” (GS 37a) e na “hierarquia de verdades” (UR 11c), sem trair o próprio e sem desprezar o alheio e diferente.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DO EVANGELHO DE LUCAS

A linguagem dos Evangelhos e em especial de Lucas fica a poucos passos da prosa clássica (séc. V e VI a.C.) e do grego moderno. Pertence ao linguajar comum à bacia mediterrânea oriental do século I. É um grego chamado koiné, i é, língua comum.
Lucas quando quer, redige em uma rica linguagem literária, mas isso o faz excepcionalmente. Lc 1,1-4 é muito bem elaborado. O mesmo acontece com o discurso de Paulo em Atenas. A maioria das vezes, porém, Lucas narra com um grego popular. Ele também procura corrigir certas imprecisões de Marcos. Recusa chamar de mar o que não passa de lago, o lago de Tiberíades. Evita também os semitismos e latinismos
Lucas segue em grande parte a seqüência de Marcos, exceção feita da narrativa da paixão, mas reproduz apenas sete décimos do material de Marcos, distribuídos em três grandes blocos (3,1-6,19; 8,4-9,50; 18,15-24,11). Permeando-a encontramos uma tradição não marciana: "a pequena inserção" (6,20-8,3) e "a grande inserção" (9,51-18,14) e longos trechos: Lc 3,23-4,13; 4,16-30; 5,1-11; 19,1-27; 22,14-18.24-38; 23,6-16.27.39-43. As narrativas da infância e do acontecimento após a ressurreição (Lc 1 e 2; 24,12-53) contêm material especial e exclusivo.
A chamada "narrativa de viagem" (9,51-19,27) é uma criação de Lucas. Ele inseriu material de várias origens na trama de uma jornada até Jerusalém. Nesta "seção central", Lucas preencheu o vácuo, criado por Mc 10,1; 11,1.

a) A revisão de Marcos (e, pelo que se pode inferir, também de Q e da tradição especial) foi feita através de maior entrosamento das diferentes narrativas dispersas. Em contraste com Mt 25,14, coloca a parábola das minas dentro do contexto biográfico de Jesus, referindo-se à proximidade de Jerusalém e à falsa expectativa da multidão. Em 4,13, a observação sobre o afastamento temporário do demônio, lembra de forma antecipada 22,3; Em 8,2, a modo de preparação, traz os nomes das mulheres que estariam presentes à crucifixão e à descoberta do túmulo vazio (23,49.55; 24,10).

b) Lucas muda o linguajar de Marcos e provavelmente também o da sua outra tradição, substituindo termos e formas de expressão populares por expressões gregas mais sofisticadas. Elimina todas as palavras estrangeiras, com exceção do Amém; esta, ele a usa seis vezes em logia portadores de instruções diretas para a vida cristã (4,24; 12,37; 18,17.29; 21,32; 23,43). De tudo isso se conclui que Lucas adaptou a tradição para os leitores de fala grega; mas, assim fazendo, impôs-se a si próprio limites mais estreitos no que diz respeito à reprodução dos ditos do Senhor.

c) Como Mateus, Lucas também omite palavras ofensivas contidas no texto de Marcos; a cura de "muitos" em Mc 1,34; 3,10 torna-se a cura de "todos (4,40; 6,19); são omitidos estados emocionais de Jesus (6,10; 18,22 contra Mc 3,5; 10,21), a explicação dos familiares de Jesus, segundo os quais ele teria enlouquecido (Mc 3,20) e a cura mediante o contato físico (Lc 4,39; 9,42 contra Mc 1,31; 9,27); a exclamação de Jesus: "meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mc 15,34) é substituída por: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23,46). Em contrapartida, Jesus logo de início se vê como o Messias (4,21), e por isso já o Jesus terreno é chamado freqüentemente de "o Senhor" pelo evangelista (7,13; 10,1.41; 22,61...), pois com a atividade de Jesus o tempo da salvação já foi inaugurado (19,9). Esta ênfase na messianidade e no senhorio do Jesus terreno não impede a Lucas acentuar os sentimentos de simpatia de Jesus: Jesus conversa com as mulheres no caminho do Calvário (23,27ss), com um daqueles que foi crucificado com ele (23,40ss); cura a orelha de um servo do sumo sacerdote (22,51); e, na casa do sumo sacerdote, procura com o olhar a Pedro (22,61)

d) Lucas, mais que os outros evangelistas, dá ênfase que Jesus expressa o amor de Deus pelos desprezados deste mundo, tanto com as atitudes, como com a sua mensagem. Expressa sua simpatia para com: os pecadores (5,1-8; 7,36ss; 15,1ss; 18,9ss; 19,1ss), "pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido" (19,10; 22,31s); os samaritanos (10,30ss; 17,11ss); as mulheres (7,12.15; 8,2s; 10,38ss. 23,27ss). Isso expressa também a rejeição dos ricos (12,15ss; 16,19ss), a advertência a respeito das mamonas (16,9.11), o "ai" (6,25s), e a bem-aventurança dirigida aos "pobres" e aquele que "agora passam fome" (6,20ss). Lucas se baseava no pressuposto de que em Jesus o amor divino para com aquelas pessoas dadas como perdidas aos olhos dos homens tornou-se realmente salvação já aqui e agora.

e) Lucas, de três diferentes maneiras, coloca a história de Jesus em conexão com a história do seu tempo:

  • Ao relacionar o nascimento de Jesus em Belém com o censo ordenado pelo Imperador (2,1s), ao determinar cronologicamente o aparecimento do Batista, baseando-se em datas da história romana e judaica (3,1), a história de Jesus se tornou reconhecível como fazendo parte do curso geral da história. A história de Jesus pertence, de acordo com Lucas, à história do mundo.
  • Lucas foi o primeiro a apresentar a história de Jesus como o começo da história da igreja em marcha (19,11; 21,8), no sentido em que ele faz com que ao Evangelho se siga o livro dos Atos como um segundo livro de uma narração histórica continuada. A história de Jesus é apenas o começo da história escatológica.
  • Lucas tenta demonstrar a não-culpabilidade política de Jesus aos olhos dos romanos, sobretudo de Pilatos (23,4.14.20.22; 23,47), ao passo que os judeus aparecem como fomentadores de revolta, procurando acusar a Jesus injustamente de agitação política (20,20.26; 23,2.5.18s.23.25). Assim, os romanos saem completamente absolvidos do pecado da crucifixão de Jesus (23,25); fica então preparada a defesa dos cristãos contra a acusação de envolvimento político em Atos (17,7).